A sensacional arte de transcrever: o caso da engenharia

Transpor informações, ideias e conhecimentos armazenados em nossa mente para o papel pode não ser tão fácil assim. Esse fato deriva de condições diversas que agrava-o, incluindo a simples prática de escrever.
O ato de escrever, pode ser entendido como a forma de representar e/ou expressar-se por meio de caracteres diversos. Logo, é comum que em várias situações corriqueiras no ambiente de trabalho, muitos profissionais, incluindo engenheiros, apresentem limitações no momento de escrever algo, seja um simples e-mail ou mesmo um relatório.
No caso específico do engenheiro, nota-se um direcionamento em sua formação para lidar com números e, na maior parte dos casos, mitiga-se a importância de trabalhar a língua portuguesa e seus conhecimentos adjacentes, como a redação.
É possível ser de exatas e escrever bem! Não devemos, em hipótese alguma, justificar erros gramaticais ou baixa capacidade de escrita em detrimento da formação acadêmica norteada pelos números. Nesse ponto, saliento a relevância de buscar aprender conteúdos que não são expostos em sua íntegra na academia, como técnicas de redação, interpretação de textos, metodologia científica e outras mais.
O bom profissional deve alinhar uma gama de conhecimentos a favor da sua atuação no mercado. Nesse sentido, para compensar dificuldades em escrever algo, recomendo praticar! Isso mesmo! A prática constante é sempre a melhor forma de corrigir erros e evoluir em uma atividade. Na redação não é diferente.
Cito, por exemplo, o papel dos artigos científicos como propulsores de conhecimento técnico, mas também como forma de colocar em prática habilidade de escrever e lidar com uma linguagem formal e guiada por elementos característicos da profissão de engenheiro, como gráficos, inferências estatísticas, tabelas e outros mais.
A leitura também deve ser constante para os profissionais que almejam qualificar o vocabulário, enriquecer a hermenêutica e lapidar a escrita. Por vezes, limitamo-nos a ler somente o que nos é apresentado, dentro do escopo da engenharia. Contudo, há uma infinidade de obras que estão dispostas em livrarias ou em e-books que podem ser acessadas por qualquer tipo de profissional, de exatas ou não.
Logo, é evidente que não basta apenas ter a informação e saber dominá-la tacitamente. A transposição desse conjunto de dados em informação e posteriormente em conhecimento, deve ser um processo qualificado para que todos que tenham acesso a obra possam ser capazes de entender. Ou seja, é um processo temporal que exige que você: leia, pratique, corrija, escreva e evolua!