Previsão e Controle de Estoques
Sim, estoque é preciso. Mas vamos com calma...
Ao mesmo tempo em que temos que atender com eficiência, isto é, dentro do prazo e com o produto correto solicitado pelo cliente, temos que tomar o cuidado para não manter um estoque na empresa para que o dinheiro não seja “congelado”. O controle de estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25% a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa.
Nas operações, o estoque surge como um conciliador das diferenças entre fornecimento e demanda, já que os momentos de recebimento sem sempre coincidem com os momentos de saída. Por isso o estoque tem esse poder: se inexistente, gera problemas com a qualidade; se em excesso, gera problemas com o financeiro. É aí que temos que fazer a boa gestão do estoque.
A maioria dos estoques, sejam significativos ou nem tanto, devem possuir um tipo de controle. Os produtos identificados, sejam pelas etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID) e seus microchips ou códigos de barras, são abastecidos aos sistemas computadorizados, o que economiza tempo e lápis e minimiza as chances de retrabalho ou duplicidade de informações. Toda a movimentação destes produtos deve ser lançada aos sistemas pelos leitores das etiquetas para que sempre seja atualizada a posição estoque. Dessa forma, os dados abastecidos ao sistema garantirão dados históricos para ele próprio faça a previsão da demanda. O sistema compara a demanda real com a demanda prevista e ajusta a previsão aos níveis atuais de demanda para assim indicar a quantidade e a data ótima de ressuprimento.
Fonte: http://admvital.com/blog/wp-content/uploads/2015/02/Log-de-Produ%C3%A7%C3%A3o-e-Servi%C3%A7os-05022015.pdf
Slack (2008) cita o que se deve considerar para calcular essa quantidade e data ótima de ressuprimento. Basta equilibrar dois conjuntos de custos: o custo associado com o pedido e os custos associados com a manutenção dos estoques. Um exemplo: uma opção seria manter muito pouco ou nenhum estoque e comprar cada item somente quando necessário. Dessa forma nunca precisaria de grande montante para as compras. Todavia, essa abordagem envolveria comprar várias vezes, o que seria exaustivo e custaria altos fretes. Em contramão, pode-se fazer apenas uma compra e armazenar tudo o que for necessário até o próximo pedido. Porém, deve-se investir em estrutura de estoque e correr o risco de perder valor em certos produtos por depreciação. É em algum lugar entre esses extremos que se encontra o ponto ideal de reabastecimento do estoque.
A Tambasa usa com excelência os tipos de sistema de controle de estoque tanto para sua produção quanto para matéria-prima. Segundo o site da empresa, mensalmente mais de 200 toneladas de produtos chegam de fornecedores de vários os cantos do país. A conferência é feita através de leitura de códigos de barras onde todos os dados são lançados dentro do sistema, facilitando a distribuição e organização de produtos dentro do depósito. Lá, A mercadoria só deve ser estocada após o procedimento de faturamento, e deve-se garantir que toda mercadoria possua seu respectivo código. Após a transmissão do pedido de vendas para a empresa, as ordens de pedidos são distribuídas eletronicamente aos colaboradores através dos coletores onde são informados sobre a quantidade e a localização das mercadorias dentro do galpão. As embalagens dos pedidos recebem etiquetas RFID, onde abrigam informações sobre os produtos como quantidade, peso e tipo de lacre da embalagem. Tudo isso para que não haja duplicidade de pedidos, troca de produtos e nenhum outro tipo de problema de qualidade. E é feito com o que temos de mais moderno em automação: robôs que montam as caixas, pedidos que seguem pelas esteiras e são adicionados às caixas sem auxílio de operadores, estoques de ciclo que se reabastecem com um toque e muito mais coisas para nos encher os olhos.
Acredito que é para gerir modelos assim que escolhemos a Engenharia de Produção!